De acordo com o Pisa - Programme for International Student Assessment, realizado no ano de 2012 [1] que busca avaliar a educação mundial em diferentes séries, o Brasil se encontra no 57º lugar na classificação geral, ficando na frente de apenas 8 países, embora de acordo com este mesmo relatório, ele tenha apresentado uma melhora em termos de pontuação comparada com a avaliação feita no ano de 2009, sua posição reflete o caos que se encontra a educação brasileira. Com intuito de melhorar este quadro vivido no país há várias iniciativas adotadas tanto na esfera federal quanto na esfera estadual e municipal. Neste contexto algumas instituições no país, como a SBF – sociedade brasileira de física [2], dentre outras, acreditam que a criação de olimpíadas possam contribuir na melhoria do ensino no país, uma vez que elas tendem a motivar a participação de alunos e desta forma despertar o interesse maior dos mesmo pelo ensino, da mesma forma descobrir talentos no país.

As olimpíadas científicas são competições realizadas com alunos do ensino fundamental e médio, e por vezes é realizada também no ensino superior, com o claro objetivo de incentivar, premiar e identificar talentos em diversas área do conhecimento acadêmico, como: matemática, física, astronomia, química, história, geografia, linguística, entre outras. No Brasil hoje existem em torno de 20 milhões de alunos envolvidos diretamente com esses eventos, porém, o incentivo a participação ainda é precário e em geral ineficiente.

A Escola de Engenharia de Lorena realiza desde o ano de 2005 a Olimpíada de Física de Lorena, e no ano de 2011 foi criada a Olimpíada de Ciências de Lorena das Escolas Públicas, ambas pertencentes ao Movimento Com Ciências, realizado pelo Departamento de Engenharia de Materiais – campus II da EEL. Estas olimpíadas criaram inúmeras parcerias da universidade com as escolas de educação básica, incentivando os alunos das escolas a conhecerem melhor a universidade e a universidade a conhecer e também a contribuir para a melhoria da educação nestas escolas [3].

Nos dois últimos anos especificamente a maior parte dos brasileiros aprovados nas melhores universidade do mundo tiveram o destaque necessário para essa conquista por suas excepcionais participações em olimpíadas científicas nacionais e internacionais. A exemplo os alunos Gustavo Haddad Braga e Ivan Tadeu Antunes que conquistaram as primeiras medalhas do Brasil na IPHO (International Physics Olympiad) em 2011 e 2012 respectivamente e hoje cursam a universidade americana MIT (Massachussetts Institute of Technology).

Assim, com o objetivo de auxiliar na organização e na divulgação das olimpíadas nacionais e internacionais as quais os alunos brasileiros podem participar é que o presente projeto se desenvolve, com a criação de um ambiente virtual para a alocação de informações referentes a esses eventos, desde informações gerais sobre a participação dos alunos nas competições até as datas completas dos calendários de todas as importantes olimpíadas que acontecem.

Com esse ambiente a participação dos alunos nas olimpíadas será facilitada e consequentemente haverá um maior incentivo por parte da sociedade e da escola para esses eventos. A disponibilização fácil e unificada do calendário geral das competições auxiliará também as entidades organizadoras pois evitará que eventos caiam no mesmo dia, sejam duas ou mais olimpíadas, como geralmente hoje ocorre, ou uma olimpíada e por exemplo a prova do ENEM que nesse ano ocorreria com a terceira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) mas a organização desta foi avisada e o calendário reiterado.

[1]  http://portal.inep.gov.br/pisa-programa-internacional-de-avaliacao-de-alunos

[2]  http://www.sbfisica.org.br/v1/

[3]  http://www.demar.eel.usp.br/mcc/